Nesse encontro, falamos sobre a
Mãe da Misericordiosa, Maria. Onde meditamos suas aparições na Palavra de Deus,
algumas inclusive com encenações teatrais e a conhecemos melhor. Lembramos de
como a ela foi anunciado o nascimento de Jesus, de como surgiu o Ave-Maria, uma
oração muito forte, espiritualmente, e mais antiga que o Pai Nosso,
acompanhamos a criação de Jesus e o amor que ela tem pelo seu filho e por nós.
Ao fim do encontro fizemos uma celebração de entrega do terço e aprendemos a
reza-lo.
Sobre Maria disse São Bernardo,
doutor da igreja, “Deus quis que recebêssemos tudo por Maria”. Uma mulher
simples que viveu num pequeno povoado em uma região periférica, que foi escolhida
para conceber o nosso senhor Jesus Cristo e ter um papel preponderante da
Santíssima Virgem na vida da Igreja que é o de Mãe.
Lc 1,26 - 31 :
“Quando Isabel estava no sexto
mês, o anjo Gabriel foi por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a
virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A
virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse “ Alegra-te,
cheia de graça! O Senhor está contigo”. Ela perturbou - se com essas palavrase
começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo então, disse:
“Não tenhas medo Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à
luz um filho, e porás o nome de Jesus.”
Nesse trecho do evangelho de São
Lucas, ocorre a Anunciação do Anjo à Virgem Maria. Ela aceitou a sua parte da
missão, que fora-lhe solicitada para cumprir a profecia e mostrou porque ela
foi escolhida para ser instrumento Divino nos acontecimentos que mudaram a
humanidade. No papel de mulher e de Mãe, ela promove a perseverança na oração e
a concórdia do amor, nas palavras pronunciadas na
Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19, 26), Cristo lhe dá a função de Mãe
universal dos que acreditam.
Os evangelistas
querem deixar bem claro que Maria disse “sim” ao projeto de Deus, sendo “a
pobre” inteiramente disponível à vontade divina. Isto, porém não impede, até
exige, que vivesse sua entrega num processo histórico marcado pela surpresa, o
conflito e o sofrimento. Diante dos comportamentos de Jesus, “ficava perplexa”,
“vacilava em seu íntimo”. Deve ter sido uma mulher contemplativa da passagem de
Deus pela história.
É bom lembrar da
última passagem de Maria na bíblia em At 1,14, “Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à
oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de
Jesus”. Nossa Senhora une não só os cristãos
atuantes, mas também o povo simples e até os que estão afastados. Para esses,
muitas vezes, a Virgem Maria é o único vínculo com a vida da Igreja. Ela nos
educa a viver na fé em todas as situações da vida, com audácia e perseverança
constante. A sua maternal presença na Igreja ensina os cristãos a se colocarem
na escuta da Palavra do Senhor. O exemplo da Virgem Maria faz com que a Igreja
aprenda o valor do silêncio. O silêncio de Maria é, sobretudo, sabedoria e
acolhimento da Palavra.
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